O Man United teve ontem uma grande vitória por 4-0 sobre o Everton e houve muitos sorrisos.

Mas, foram tudo sorrisos?

Bom, comecemos por dar um pouco de contexto.
O que há de novo no Man United de Ruben?

Discutimos isso amplamente aqui, desde que se juntou ao novo Clube.

Apesar das mudanças mais claras, como na formação e no sistema, há um elemento de estilo que Ruben traz de volta.

Ao contrário de Klopp, não será apenas “Rock & Roll”, pressāo alta e a bola para a frente a todo o momento e à velocidade máxima.

Ao contrário de Guardiola, não estará apenas focado em ter bola e em ser rígido no seu posicionamento dos jogadores.

Pelo menos, não será tanto de nenhum destes.

Terá elementos de ambos.

Mas não agora.

Agora, esta equipa faz-me lembrar o Manchester City de Guardiola na sua primeira temporada.

Com nomes como Gäel Clichy, Bakary Sagna, Fabian Delph ou Iheanacho.
Todos estes jogadores decentes, com boas carreiras, mas não com o estilo que Pep queria jogar.

O resultado?

0 títulos.

Foi necessário tempo, paciência e dinheiro.

Acima de tudo, precisamos de entender que Pep, ainda pôde fazer essa pré-época, ainda pôde estar lá durante esses 2 mercados de transferências.

Então – antes como agora – serão necessários tempo, paciência e dinheiro.

Não tanto, talvez.

Voltando ao jogo de ontem, acabou por sorrir ao United, mas se alguém deixasse de ver o jogo nos primeiros 30 minutos não ficaria, certamente, super satisfeito ou com grandes esperanças de alegria e de grande Futebol.

Simples assim.

Pelo contrário, ficaria alarmado com algumas performances individuais e na compreensão dos momentos do Jogo.

Houve uma espécie de adaptação a uma formação GK+4+4+2 defensivamente, com alguns momentos de confusão no momento de pressão.
Diria principalmente nos corredores esquerdo e central, com Bruno Fernandes a procurar desesperadamente envolver-se também no centro – fazendo aí um 3º homem e ajudando a dupla necessitada, Casemiro e Mainoo – mas também a tentar ajudar Dalot no lado esquerdo.

Em muitas ocasiões, sem sucesso, acabando por deixar um ou outro setor/lado em desvantagem numérica.

Talvez tenha esta percepçāo porque também senti, por vezes, que a linha defensiva estava demasiado recuada nos momentos de pressão alta, criando um Oceano desconfortável para os médios preencherem quando há tanto espaço à sua volta.

A questão torna-se, para os médios: “Pressionamos alto ou vamos junto com os defesas e descemos?”

Por outro lado, poderá ser uma tentativa de proteger a equipa da menor capacidade de pressionar alto os defesas-centrais adversários – com a dupla Rashford-Zirkzee – e confiando na melhor capacidade de compreensão dos momentos de pressão por parte  Bruno e Amad nas laterais, com a energia de Mainoo no centro.

Independentemente destas ou de outras, é tempo de uma necessária reflexão e avaliação.

Como sempre.

O problema é que o Arsenal está a chegar e o tempo para treinar, preparar e melhorar é limitado.

Sim, o jogo acabou por sorrir ao United, mas há um longo caminho pela frente.

Não se deixem ficar demasiado entusiasmados!
Pelo menos, ainda não.

Isso virá, com as peças certas, os perfis certos, para as posições certas.

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